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Manifesto

Parecemos entender o valor do petróleo, da madeira, dos minerais, ou da habitação, mas não percebemos o valor da beleza crua, da vida selvagem. Contra esta lógica do lucro, há centenas de anos que povos indígenas, campones@s e autócton@s levantam-se para se defenderem, defenderem a natureza. Nós decidimos realizar esta viagem para defendermo-nos, defender os oceanos, os aquíferos e os solos contra a exploração de energias fósseis, que destrói tudo à sua passagem deixando paisagens de deserto e praias negras de morte. Vamos rolar para partilhar informação, debater ideias, unir lutas e criar redes!

No mar, da Bacia do Porto à Bacia Algarvia, tencionam explorar reservas em águas muito profundas (Deep Offshore). O maior derrame de petróleo de sempre, foi de uma exploração Deep offshore conhecida como Deepwater Horizon, protagonizado pela British Petroleum (BP), no Golfo do México.

Em terra, no Bombarral, Cadaval, Alenquer, Alcobaça, Aljezur, Tavira e Serra da Ossa/Estremoz encontram-se reservas de gás de xisto, que só são extraíveis através da técnica da Perfuração Horizontal de Fracturação Hidráulica, conhecido internacionalmente como Fracking. Das últimas notícias sobre o fracking ouvimos falar de explosões e incêndios em poços de fracking, de terramotos constantes em Oklahoma ou em Montbiel aqui perto. Os rios e aquíferos são contaminados com resíduos radioactivos, minerais e metano devido às fissuras criadas pela fracturação hidráulica.

A exploração a altas profundidades no mar e a fractura hidráulica em terra são consideradas técnicas não-convencionais de extração. Para aceder a estas reservas, a indústria petrolífera inventa novas técnicas, ainda mais perigosas e mais poluidoras do que as técnicas “convencionais”.

O (des)governo português assinou contractos de concessões com grandes multinacionais, que prometem começar a perfurar o primeiro poço exploratório em Agosto a 80 km de Sines.

Se te tirassem todo o sangue e os ossos de dentro de ti, como irias sentir-te? O petróleo é o sangue do planeta, os minerais os ossos. Os engenheiros não conseguem controlar as suas experiências gananciosas com a energia do planeta terra.

Queremos partilhar a aprender todo o conhecimento das populações por onde passarmos. Conhecer as energias respeitadoras dos animais, plantas, rios e ecossistemas (onde nos incluímos como espécie). Recolher o conhecimento, as energias e depois divulgar, unir, criar.

Apelamos aos nossxs colegas rebeldes de todo o mundo que se unam contra o fracking, um dos vários atentados do capitalismo. Destruir tudo, ficar com os lucros. Vamos resistir a este Ecocídio, que intrínsecamente provoca Genocídios.

Este evento depende a participação, colaboração e apoio mutuo. Será financiado pelos participantes e por quem apoiar pelo caminho.
Não procuramos doações, preferimos participações!

 







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