Newsletter Streaming, bambuser
Em Terra

 

 

 

========================================

FRACKING (FRACTURAÇAO HIDRAULICA)

 ========================================


Permite a produção de gás natural ou petróleo a partir de formações rochosas muito abaixo da crosta terrestre (geralmente 1,500 – 6,100 metros). A tal profundidade, pode não haver condições suficientes, como pressão suficiente que permita o gás natural ou o petróleo sair da rocha para o weellbore (furo criado com a intenção de explorar e extrair recursos naturais) com boa viabilidade económica. Portanto, criando fracturas direccionadas na rocha é essencial para extrair gás de reservatórios de xisto devido á extrema baixa permeabilidade do (shale) xisto.

Contamina as águas de tal modo que riachos e água de torneira de casa pegam fogo, animais morrem contaminados, pessoas ficam doentes, a agricultura fica contaminada, os valores dos terrenos descem, perigo de terramotos, etc…

Em Portugal a zona de mais interesse para as petrolíferas é a área que abrange Bombarral, Cadaval, Alenquer, seguido de uma área mais a norte na zona de Alcobaça, Batalha; Pombal. Mas em Torres Vedras, Barreiro já foram anunciadas a existência da rochas que libertam o Gás de xisto, através da técnica de Fraturação Hidraulica. Agora são anunciadas concessões no Algarve, e a possibilidade da existência também na Serra da Ossa; Estremoz.

 

 

 

 

 

 

========================================

HISTORIA DA

PROSPECÇÃO EM TERRA

========================================

 

  • As primeiras sondagens de pesquisa foram efetuadas no início do século passado. Estas eram, na maioria, pouco profundas e localizadas junto a ocorrência de rochas impregnadas por petróleo à superfície (seeps), no onshore, a Norte e Sul da Bacia Lusitânica.
  • Em 1938 foi emitido um alvará de concessão para pesquisa de petróleo e substâncias betuminosas, abrangendo as bacias Lusitânica e do Algarve. Por várias vezes houve transmissão dos direitos desta concessão, que se manteve ativa até 1968
  • Durante o período de vigência da concessão foram adquiridos, no onshore da Bacia Lusitânica, cerca de 3264 km de sísmica de reflexão, na maioria mono-canal, levantamentos de gravimetria e um pequeno levantamento magnético perto de Lisboa. Nesta bacia foram ainda efetuadas 78 sondagens de pesquisa, das quais apenas 33 atingiram profundidades superiores a 500 m. Muitas destas sondagens apresentaram fortes indícios de petróleo e algumas atingiram produção sub-comercial. Durante este período, na Bacia do Algarve, apenas foram efetuados levantamentos de gravimetria.
  • Em 1978 ressurge o interesse pelo onshore. Assim, de 1978 a 2004, foram atribuídas 39 áreas, das quais 23 concessões no onshore da Bacia Lusitânica
  • No final de 2006, apenas uma companhia operava em Portugal, Mohave Oil & Gas, detentora de 2 concessões no onshore da Bacia Lusitânica. Na região de Alcobaça, a Mohave encontrou fortes indícios de gás em duas das sondagens realizadas e, na região de Torres Vedras, realizou um conjunto de sondagens, com recuperação de óleo em fraturas e iniciou testes de produção. A empresa tinha adquirido, em 1996, 224 km de sísmica no onshore e, em 2000, 760 km no offshore
  • Em 2007 houve um significativo incremento na prospeção e pesquisa de petróleo em Portugal com a assinatura de 12 novos contratos de concessão: 5 concessões no onshore e offshore da Bacia Lusitânica
  • Em 2010, ocorrem as primeiras campanhas sísmicas 3D em Portugal. A primeira, com 2096 km2 foi realizada no deep-offshore da Bacia de Peniche, seguida de outra com 117 km2 na região de Torres Vedras,onshore da Bacia Lusitânica. Nos dois anos seguintes, outros levantamentos de sísmica 3D foram realizados: 1778 km2 no deep-offshore da Bacia do Alentejo; 1100 km2 no offshore da Bacia Lusitânica; 400 km2 no onshore da Bacia Lusitânica; e 1477 km2 no deep-offshore da Bacia do Algarve
  • Em 2011, no onshore da Bacia Lusitânica foram realizadas 3 sondagens de pesquisa profundas e é realizado um levantamento aeromagnético cobrindo praticamente toda a bacia
  • Em 2013, 1 contrato de concessão no onshore da Bacia Lusitânica foi assinado
  • Como consequência da extinção da Mohave Oli & Gas (detida a 100% pela Porto Energy), todos os seus contratos de concessão expiraram em Dezembro de 2014.
  • Em 2014, outras empresas candidataram-se a áreas de concessão no onshore da Bacia Lusitânica
  • Também em 2014, a Oracle Oil & Gas Corporation requereu o abandono da área de concessão que detinha no onshore da Bacia Lusitânica,
  • Onshore – Bacia Lusitânica: 3 Áreas. A Australis Oil & Gas Ltd. requereu a atribuição de três concessões, mediante Negociação Direta. Os contratos de concessão das áreas denominadas “Batalha” e “Pombal” foram assinados, em 2015/09/30, com a empresa Australis Oil & Gas Portugal. Estando a concessão do Cadaval em avaliação
  • Onshore – Bacia do Algarve: 2 Áreas. Os contratos de concessão foram assinados, em 2015/09/25, com a empresa Portfuel, petróleos e gás de Portugal Lda.

 

 

========================================

IMPACTO DO FRACKING

========================================

 

  • A água é o componente mais utilizado nos fluidos na Fracturação hidráulica.
  • Uma operação inicial de perfuração horizontal pode consumir de 22.500 litros até 2271,247 de fluidos de fracturação.
  • Durante a vida um poço médio, pode requerer mais de 5.000.000 litros de água para a extração total e re-estimulaçao das fracturas. A média de água gasta por poço pode ir de 7.000.000 a 15 milhões de litros de água.
  • A água utilizada fica tóxica. É despejada em lagos artificiais criados pelas corporações, ou re-injectada no solo, utilizada para pulverizar estradas, etc…
  • A água fica radioativa (Radium, Barium, arsênio, cádmio, cromo e chumbo) a libertar gases cancerígenos e gases de efeito de estufa, incluindo Metano ( havendo riachos e água de torneiras a pegar fogo.)
  • Quando a água tóxica é injectada no chão provoca tremores de terra.
  • São utilizados cerca 300.000 mil até aos 4 milhões de kg de porpantes (partículas de areias ou cerâmica), podendo atingir mais de 300 toneladas
  • Mais de 600 químicos são juntados á água, sendo mais de 30 conhecidos cancerígenos. Representam de 0,6 a 2,5 da percentagem do fluido de fracturação e servem para estimular a rocha e permitir o flow do gás para o poço de forma ser extraido.
  • Nos EUA são utilizados todos os anos cerca de 50 a 140 biliões de gallons de água em 35.000 poços (1 gallon são 3,5 litros). Gasto equivalente a um gasto de cerca de 50 cidades com 50.000 habitantes.
  • Existem cerca de 7.700 poços activos na Pensilvânia ( com mais 30.000 m2 de área que Portugal)
  • A industria tem planos para criar mais 50 mil poços num trecho de 120 km
  • Várias centenas de poços abandonados, libertam gases tóxicos, incluindo Metano para a atmosfera, terra e água. ( O metano é cerca de 34 vezes mais potente como gás de efeito estufa do que o dióxido de carbono em um período de 100 anos. Num período de tempo de 20 anos, ele é 86 vezes mais potente. De todos os gases de efeito estufa emitidos por seres humanos em todo o mundo, o metano contribui com mais de 40 por cento de toda a força radioativa, uma medida do calor aprisionado na atmosfera e uma régua de medição de um clima em mudança.)
  • Cada poço possui uma mini-refinaria e um depósito, o conjunto tem um separador. O Gás sai do subsolo na forma liquida, o separador aquece o líquido e ferve a água. Na operação são libertadas substâncias voláteis como o benzeno, tolileno e zileno.
    Infraestruturas de apoio como Estações de Compressão onde foram encontradas Substancias libertadas como; Benzeno, dimetel dissulfeto, metil-etil dissulfeto, etil-metil-etil dissulfeto, trimetil benzeno, dietil-benzeno, metil.metil-eti benzeno, tetrametil-benzeno, naftaleno, 1,2,4-trimetil benzeno, xileno MHP, sulfeto de carbono, dissulfeto de carbono, metilpiridina e dimetil piridina. O benzeno ultrapassa em 55 vezes os padrões. O dissulfeto de carbono ultrapassa em 107 vezes os padrões impostos.
  • Estações de Regulação e Medição de 1ª classe (GRMS) e gasodutos, contribuem para os gases efeito de estufa, ocupação e destruição de território ( terra, mar e ar).
  • As viagens de camiões só para iniciar as operações ultrapassam as 1,500. Contribuindo para a degradação das estradas, perigo de acidentes transportando resíduos perigosos.
  • A exploração de gás em Fort Worth liberta 200 toneladas de emissões por dia. Algumas plataformas utilizam cerca de 3 mil litros de diesel fuel por dia.
  • Os tanques de armazenamento podem guardar benzeno, xileno, etil-benzeno e muito formaldeído e vários semivoláteis de longa duração, como os hidrocarbonetos polinucleares aromáticos, alem dos metais pesados na extração como; bário, arsênio, chumbo, cádmio, cromo e mercúrio.

 

 

 

 

 

 

Fontes

https://gasnaturalnao.wordpress.com/2012/07/24/torres-vedras-e-gas-natural/

"Arquivo da categoria: Fracturamento Hidraulico (FRACKING)", GASNATURALNAO!

"A Elevada Factura da Fractura Hidráulica", 26 Dezembro 2013, Jornal Mapa

 

 

 







Inscreve-te por email